Take me Somewhere nice

Blog de um jornalista viciado em música e com paixões variáveis. Pinceladas de cinema, futebol e São Paulo podem aparecer sem aviso.

quinta-feira, agosto 03, 2006

São Paulo Confessions II

Eu adoro São Paulo, as you may know. Mas, como jornalistas se reúnem para falar mal dos jornais que trabalham, nós neopaulistanos (aka brasilienses deslocados) sempre acabamos falando de algum aspecto negativo da vida em Sampa.


Uma das últimas coisas em pauta foi algo que sinto enorme falta da vida brasiliense. A derivada de diálogos telefônicos do tipo:
- E aí, fulaninho, beleza? Fazendo?
- Nada agora.
- Ta a fim de fazer qualquer coisa? Ir ao cinema, jogar, sei lá?
- Pô, vamos. Passa aí que a gente decide.


Uma hora depois você ta na casa da pessoa, e acaba fazendo alguma coisa. Na pior das hipóteses, acaba arranjando outra pessoa pra passar na casa de x, pra não fazer nada com y + z.


Isso não acontece por aqui. Isso se deve, segundo a tese mais aceita, à 1) dificuldade de se locomover (com carro, perto, é fácil “dar uma passada” em qualquer lugar que seja. A maior parte das pessoas que conheço não tem carro aqui) 2) ter mais o que fazer.


Sobre ter mais o que fazer, leia-se coisas chatas, na maior parte do tempo. De qualquer forma, aqui parece haver a necessidade de se combinar as coisas com uma antecedência absurda. Minhas jogatinas aqui são organizadas – e confirmadas – com quase 2 semanas antes. O figurinha gente boa mais propenso a fazer coisa de última hora é carioca, veja só.

E o pior é que eu já estou incorporando o hábito. Tenho um passeio pra fazer neste sábado, que está sendo combinado há coisa de três semanas. E foi desmarcado antes porque a previsão do tempo não era favorável. Sim, nós prestamos atenção na metereologia. Outra coisa bizarra, não? Detalhes depois.

Ouvindo: Zero 7 - Throw it all away

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Uma horinha? Uma horinha?

12:00 PM  

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