Take me Somewhere nice

Blog de um jornalista viciado em música e com paixões variáveis. Pinceladas de cinema, futebol e São Paulo podem aparecer sem aviso.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Brasil cresce 3% e já ocupa Suriname

Muita leitura nessas férias, principalmente no chuvoso Rio de Janeiro, onde os terroristas (atenção à nova designação) roubaram até o Sol. Recomendo a última edição da The Economist, sobre felicidade e Neurociência (!) e o absolutamente sensacional livro Ébano do polonês Ryszard Kapuscinski, dos maiores jornalistas da história. Quando tiver mais tempo eu transcrevo aqui um pedaço. Tudo que li foi na linha food for thought, ração pro CÉLEBRO e combustível de conversas aleatórias de bar. Uma coisa bem bacana que li foi no editoral da Página 22 (sim, esse é o nome da revista da FGV): "Marechal Taumaturgo, no Acre, é a pior cidade para se viver no País segundo o IDH. É que lá não tem asfalto, água tratada, nem creche?: as pessoas andam a pé ou de barco, bebem água limpa na fonte, e as mães ajudam umas às outras no cuidado com as crianças. Qual é o crescimento que queremos?"

Eu cansei (mesmo) de ouvir a discussão "o Brasil tem de crescer x%", como se o PIB fosse o único indicativo de crescimento do País, a única meta que precisamos realmente seguir. "Olha lá, as Ilhas Maurício tiveram um crescimento industrial maior". Que bobagem. Pouca gente pára pra pensar nisso, e os políticos e comentaristas ficam só "repercutindo" as receitas para o crescimento milagroso. PIB de c* é rol* (ou cocô, pra ser mais exato). A problemática precisa de outra solucionática antes: outro artigo legal que li (lembrarei onde) é que o Brasil nem pode crescer tanto, dado os problemas de infra-estrutura, como distribuição de energia, portos, falta de profissionais qualificados em tais níveis... Vamos parar com a palhaçada. E feliz 2007 pra todos. Esse é o ano que definitivamente as coisas - várias - vão mudar. Acredite em mim, e diga aos incrédulos que você leu isso antes no meu blog. Take me somewhere niceR.

Saludos