Clooney + K E

George Clooney é um cara extra-cool. Segue os passos dos canastrões-maneiros de Hollywood e periga chegar ao Nirvana do sem-sal apimentado, um ponto que só Bill Murray transcendeu. Saiu na Vanity Fair deste mês a seguinte declaração: “Quero passar três meses saindo cada noite com uma atriz diferente. Halle Berry num dia, Salma Hayek no outro... Depois, andar na praia de mãos dadas com Leonardo DiCaprio.” Clooney acha que “as pessoas continuariam comprando as revistas, mas parariam pra pensar”.

Não sei se ele vai levar a cabo a arapuca para os paparazzi, mas a idéia é genial. Acho que celebridades poderiam se utilizar mais do fato de serem monitoradas 24/7 e fazerem esse tipo de coisa, só de sacanagem.

Alguém mais ouviu o badalado disco do Caetano Veloso, Cê? É uma tentativa não-tão-bem sucedida de soar como Los Hermanos e conquistar esse público (eu?) que sente falta de coisas parecidas. A formação enxuta, de guitarra, baixo e bateria cria algumas boas melodias, e só. Na melhor delas, Deusa Urbana, Mister Caê quase estraga tudo ao exagerar nos maneirismos vocais (não cabe em tudo, I’m sorry) e colocar frases como “mucosa roxa, peito cor de rôla”. Aí não acontece. Ouvi várias vezes para “tentar gostar”, mas não passou de duas estrelas pra mim. Na falta de boas coisas na música brasileira atual, qualquer Cosmotron ganha cinco estrelas da crítica.

Saíram um milhão de entrevistas dele no último mês, Caê dizendo que apresentou Grandaddy ao filho (o talentoso Moreno Veloso), que curte Arctic Monkeys e tal, mas acho que é só caô (ou H, aqui) para pegar meninos e meninas na Funhouse. Em uma boa análise que eu não me lembro agora onde li, um crítico de mídia disse que os jornais estavam morrendo de vontade de achar alguma celebridade que falasse mal do Lula, se dissesse decepcionado, Caetano caiu como uma luva. Todas as entrevistas com ele abriam com esse fato, diga-se.

Mas hoje, notinha na Mônica Bérgamo: “Caetano diz que votou em Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas já pensou em votar em Lula no segundo. Só que ainda pode mudar”. E ´por essas e outras que a frase mais famosa do Caetano é qualquer uma que acabe com um "ou não".