Morreram 2 bandidos, eu sei, mas quantas pessoas?
Homens de preto / qual é a sua missão? / entrar pela favela / E deixar corpos no chão! / Homens de preto / O que é que você faz? / Faço coisas que assusta o satanás!
Essa aí é a letra do pancadão que anima as baladas (sacou? sacou?) dos policiais do Bope, no Rio, quando sobem o morro no blindado (apelidado, singelamente, de CAVEIRÃO) que APAVORIZA a favela. Eles tocam a música nos alto-falantes, no talo, pra assustar a bandidagem, segundo matéria da Folha de sábado. Bonito, não?
Aliás, isso aqui saiu na Folha de hoje:
"No final da manhã desta segunda, a Secretaria de Estado da Segurança Pública confirmou a realização de 27 ataques, em todo o Estado. Pelo menos cinco cidades do interior foram atingidas pela onda de violência. Dois suspeitos foram mortos e outros dois, presos. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas."
Temos duas interpretações:
1) as duas pessoas que ficaram feridas são justamente as que morreram (pouco provável)
2) Para a Folha online, suspeitos não são pessoas.
1 Comments:
Existe uma cultura de tolerância com as baixas sofridas por criminosos (leia-se execuções).
De uma maneira geral, a classe média assustada enxerga essas mortes como justiça.
O João Moreira Salles tem aquele documentário muito fera chamado "Notícias de uma guerra particular". Reparem no depoimento do coronel...
A periferia um dia vai cansar de entregar a outra face, aí mano, o bicho vai pegar.
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