Take me Somewhere nice

Blog de um jornalista viciado em música e com paixões variáveis. Pinceladas de cinema, futebol e São Paulo podem aparecer sem aviso.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Piruinha para presidente!

Eu andei um bom tempo de carro (na verdade, com meu Escort) com documentos e carteira vencidos. Tremia ao passar pela blitz, fazia rotas alternativas. Se eu morasse na zona norte do Rio, lugar mais avançado, civilizatoriamente falando, não teria essas preocupações mundanas. Era só colocar um (o) adesivo. Matéria do Cotidiano da Folha hoje começa assim:

“O adesivo de um haras colado no vidro traseiro do carro é usado por moradores da zona norte do Rio como salvo-conduto para evitar blitze da política e assaltos a automóveis”. Vários relatos interessantes de gente que já se salvou pelo adesivo (inicialmente só dado a amigos, segundo o bicheiro PIRUINHA), como o advogado que estava sendo assaltado, e ouviu subitamente “Deixa ir embora, tá com o plástico, tá com o plástico!”

Na dúvida, vou colecionar todos os adesivos de candidatos que eu conseguir, esperar alguém ser condenado e tentar furar blitz com um deles colado no carro. Prástico de bandido por prástico de bandido, eu fico pelo menos com os mais bonitinhos.

Mas sério, quando o Rio de Janeiro aparece na Folha de S. Paulo, é sempre uma notícia ruim, sim, mas com um toque inovador. Da outra vez foi sobre um “vale-baseado”, promoção de algumas bocas do tipo compre 10 baseados (devidamente manufaturados por mestres da arte) e ganhe o 11º de graça. Com cocaína, em cada compra o cliente ganhava um tíquete. Juntando x, podia trocar por baseado.

É a guerra dos preços! Só não rola queima de estoque, no caso. Ha.

Nota séria: Com a onda do PCC os paulistanos se viram (se viram, porque já estavam) reféns da violência, como os cariocas. Mas tem coisas que só lá. Ontem, uma mulher, sentada no banco do passageiro do carro dirigido pelo marido, levou um tiro na cabeça, na Linha Amarela, perto da Cidade de Deus. Bala perdida.