Um rim por um filme bom
Cena 1: Quatro jovens turistas americanos chegam ao aeroporto de Guarulhos ainda assustados. Se tivessem pegado o vôo anterior, seu avião teria batido em outro, perto de São Paulo. Escaparam da morte dessa vez. Sentam no Habib’s para comer uma esfiha e, como em todo lugar remotamente árabe, terroristas conversam sobre planos de explodir aviões (como se estes precisassem da ajuda de bombas no Brasil). Um deles aponta para os americanos e passa o indicador horizontalmente no pescoço. Os jovens nem têm tempo de se assustar. Um macaco pega a mochila de uma das turistas. Ela deixa as coisas com os outros 3 amigos e começa a correr atrás (trilha-sonora: “Mas que nada!”). Um policial de bigodão, que fala espanhol, consegue deter o símio. Mas pede alguns dólares para que a gringa tenha a mochila de volta. Sem entender muito bem a situação, ela é orientada a ir para um salinha no aeroporto para efetuar o pagamento. Lá ela é estuprada por índios, que a esta altura já estão cozinhando seus amigos numa grande panela. Os gritos são inúteis, já que uma escola de samba faz a festa no saguão do aeroporto. Pilotos e policiais caem no samba. A aeromoça tira a roupa e, de biquíni asa-delta, começa a fazer evoluções no salão. Todos se divertem. Menos Robertinho, jogador de futebol dentuço e com uma superaudição, que ouve os pedidos de socorro e com um chute potente consegue abrir a porta onde estão confinados os americanos. Sua pantera rapidamente desarma os índios e...
Acho que Turistas é light, minha versão ia ser bem mais fera. Tudo isso só pra dizer que a gente tem de parar com esse dramalhão de boicote, americanos são idiotas, bla bla bla. Como se uma bomba dessas precisasse de um movimento organizado para fracassar. Quem tivesse vontade de ver o filme, independente da locação, (o grande atrativo: é parecido com “Albergue”, dãããã) é que devia ser boicotado. Fica ligado, que seu fígado vai nessa quando você menos espera.